sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nos Corpos




São apontamentos possíveis. Todos prováveis.
Galgados no dia-a-dia do cotidiano familiar.
Corpos são como campos virgens, dizendo nos o que pode ser espantosamente belo, elegante e altivo, porém, soberano e majestosamente violento. A truculência é de beleza mortal.

Esta sedutora efervecência parece nos dar a realidade dos afetos mortos, o carinho interrompido pelo ódio do amor e o com ele, o massacre.
Há também um abraço torturante, montado sobre um beijo mordaz.

Dá-me enjôo. Pertenço e rumino esta família.

Estranho parece ser não lançar-se aos abismos desta história.
Olho para todos os lados e pareço estar perto do principio do fim.
Quero encontrar neste roteiro a alçada e o salto no vôo ao vazio.
Desejo incondicionalmente o medo, que me dá voltas e mais voltas.
Passadas em círculo.
O fim finalmente me ataca.

(Paula Maracajá)

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