Com Bettina, eu me divirto. Desde que Roger casou-se com ela, percebo que se irrita com facilidade. Ele parece ter desistido. Se esconde da vida em uma relação que fracassou antes mesmo de ter começado. E eu cheguei a pensar que Roger poderia ser, de nós, o único a dar certo. Ilusão. É tão merda quanto qualquer um de nós. E agora...já é tarde.
Até acho que Bettina trata bem o nosso caçula. Bom pra ele. E pra ela, que, assim, não precisa pensar na própria vida. Vive em função dele. Dedicação exclusiva.
E o engraçado é que não consigo sequer sentir ciúme. Acho que não aguentaria uma relação como essa. Ainda prefiro a bipolaridade e a loucura. Prefiro a dúvida e a possibilidade de morte que, com Ulrika, estão sempre presentes.
RAINER (José Karini)
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